Foto: Agência Brasil
A operadora de telefonia TIM e a empresa de alimentos frigoríficos
Perdigão estariam entre os suspeitos de pagar propina no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para anular dados referentes a
débitos na Receita Federal. O esquema de corrupção é investigado pela Operação Zelotes, da Polícia Federal
e pode ter causado prejuízo de até R$ 19 bilhões aos cofres públicos.
De acordo com informações obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a
lista completa de 74 pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema,
além da TIM e Perdigão, também inclui bancos como Bradesco, Santander,
Pactual e Safra; as montadoras Ford e Mitsubishi; a Petrobras e até o
Partido Progressista - ambos investigados na Operação Lava Jato. Em
nota, a TIM negou qualquer irregularidade e disse que lida apenas com
escritórios de advocacia idôneos para tratar dos seus débitos
tarifários. A assessoria do grupo BRF, dono da Perdigão, informou que
"não se pronunciará a respeito de informações provenientes de fonte não
oficial" e lamentou ter o nome "exposto em lista de origem
desconhecida". Os investigadores suspeitam de que as empresas pagavam ou
negociavam propina para apagar ou reduzir débitos milionários, através
de advogados, conselheiros e ex-conselheiros do Carf.
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