O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, teve a
extradição para o Brasil suspensa após decisão do Tribunal
Administrativo Regional (TAR) do Lacio. De acordo com a Agência Brasil, a
corte acatou recurso da defesa de Pizzolato contra a decisão do
ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando. Pizzolato, que foi
condenado no processo na Ação Penal 470, o processo do mensalão, em 2013
e fugiu para a Itália com um passaporte falso, seria extraditado para o
Brasil para cumprir a pena de 12 anos e sete meses de prisão por
lavagem de dinheiro e peculato. Ele foi detido em fevereiro de 2014, em
Maranello, por causa de documentação irregular. O tribunal marcou uma
audiência para o dia 3 de junho para discutir o caso. Até esta data,
Pizzolato ficará na Itália, segundo o advogado Alessandro Sivelli. De
acordo com o processo, o ministro da Justiça italiano tomou a decisão de
extraditar Pizzolato com base em novos documentos enviados pelo governo
brasileiro, aos quais a defesa não teve acesso. O advogado também
destaca que uma lei aprovada no Parlamento italiano, recentemente,
permite que cidadãos do país condenados em outros Estados cumpram pena
na Itália. O tribunal é uma instância administrativa bastante utilizado
na Itália para contestar decisões judiciais ou institucionais. Se a
corte acatar o recurso de Pizzolato, o caso seguirá para o Conselho de
Estado, que definirá se ele poderá cumprir a pena na Itália.
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