O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, executado na última
semana na prisão de Nusakambangan, na Indonésia, foi enterrado às 15h15
deste domingo (3) no Cemitério Iguaçu, em Curitiba. O corpo, que estava
na capital paranaense desde a noite de sexta-feira (1º) chegou ao
cemitério para ser velado às 9h30. Inicialmente marcado para as 16
horas, a família - que não falaria com a imprensa - foi antecipado. O
advogado Cleverson Teixeira, amigo da família e que no início do caso
chegou a fazer intervenções junto ao governo asiático como coordenador
de Direitos Humanos da OAB-PR confirmou. "Ele está sendo enterrado",
disse. Gularte estava preso desde 2004, quando foi flagrado no aeroporto
de Jacarta com seis quilos de cocaína escondida em pranchas de surfe. A
partir daí, a diplomacia brasileira iniciou tratativas para tentar
repatriá-lo, mas esbarrou na linha-dura do governo indonésio. O
encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho,
informou à BBC Brasil que as últimas palavras de Gularte foram: "Daqui
irei para o céu e ficarei na porta esperando por vocês", relatou. No
último ano, o brasileiro chegou a ser diagnosticado como esquizofrênico
por autoridades sanitárias locais, mas ainda assim, mesmo com a ação das
autoridades brasileiras, o governo local se manteve irredutível e
executou Gularte juntamente com outras sete pessoas condenadas por
tráfico de drogas. Segundo a BBC, a prima de Gularte, Angelita Muxfeldt,
acompanhou, mesmo à distância, a execução e desde fevereiro permanecia
em contato com ele na Indonésia.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Comentários