A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS) investiga se o
ex-diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Luiz
Carlos Wilke obteve enriquecimento ilícito durante sua gestão no
serviço, entre 2010 e 2014. Nesse período, foi realizado contrato de R$
9,9 milhões por um serviço de tecnologia de informação por meio de
"toughbooks" (tipo de notebook mais resistente) nunca utilizado no Samu.
Ele foi alvo de uma auditoria da Controladoria-Geral do Município
(CGM), conforme antecipou o portal estadao.com.br na quarta-feira, 29. O
ex-funcionário pediu exoneração durante a apuração do caso. A pasta
descobriu que Wilke adquiriu, entre 2010 e 2014, uma casa avaliada em R$
2,7 milhões, no Tucuruvi, zona norte da capital. O rendimento do
ex-funcionário era de R$ 20 mil mensais e ele não declarava outros bens.
A residência teria sido paga em dinheiro. O jornal O Estado de S. Paulo
foi até a residência. Uma mulher atendeu o interfone e, ao ser
informada de que Wilke era procurado, o chamou. O homem confirmou ser
Wilke à reportagem, mas, quando soube o motivo da visita, disse que não
havia ninguém com aquele nome no local. "Deve ser engano." E
desligou. Em depoimento à secretaria, o ex-diretor afirmou que a casa
não estava em seu nome e mora no local "de favor". Ele ainda disse
durante a sindicância que estava na residência como "caseiro" até poder
pagar o imóvel. A pasta também apurou que o imóvel já estava "havia
algum tempo" à venda, com dificuldade para encontrar compradores. As
"boas referências" do comprador e roubos frequentes teriam sido o motivo
de a proprietária da casa conceder a Wilke o imóvel por comodato.
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