O contingente de trabalhadores domésticos voltou a aumentar no
início de 2015. Ao todo, 6,019 milhões de pessoas estavam nesta condição
de ocupação no primeiro trimestre deste ano, contra 5,929 milhões em
igual período do ano passado, segundo dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 07,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "O
trabalho doméstico vinha caindo com a maior formação dos jovens
brasileiros. No último ano, porém, temos percebido aumento nesse
grupamento, talvez por falta de oportunidade", afirmou Cimar Azeredo,
coordenador de Trabalho e Rendimento do órgão. Segundo ele, a elevação
não deve ser resultado da PEC das Domésticas, que incentiva a
formalização na categoria. "Está muito mais relacionado à falta de
oportunidades de emprego em outras atividades do que à PEC das
Domésticas. A PEC tem potencial para mudar a estrutura, mas não
interfere muito na ocupação em si", explicou. A formalização de fato
aumentou em um ano. Os empregos com carteira entre os domésticos subiu a
32,3% no primeiro trimestre de 2015, contra 31,5% em igual período do
ano passado. Levando em conta o setor privado, o porcentual de
trabalhadores com carteira assinada atingiu 78,2% no primeiro trimestre
contra 77,7%, do mesmo período do ano passado. Apesar da melhora em
termos relativos, o estoque de trabalhadores com carteira diminuiu em
números absolutos, para 46,113 milhões em todo o Brasil. "Há avanço da
formalização, ainda que se tenha perdido postos de trabalho", afirmou
Azeredo. O maior índice de formalização no setor privado foi verificado
no Estado de Santa Catarina (90,1%), enquanto o menor foi verificado no
Piauí (53,3%). A população ocupada no Estado de São Paulo diminuiu 0,8%
no primeiro trimestre de 2015 ante o quarto trimestre de 2014, para um
contingente de 21,452 milhões de trabalhadores. Já a população
desocupada cresceu 20,1% no período, somando 1,980 milhão de pessoas na
fila por um emprego. A taxa de desemprego ficou em 8,5% nos primeiros
três meses deste ano em São Paulo. O resultado é o maior da série
histórica, iniciada em janeiro de 2012, e também fica acima da média
nacional para o período (7,9%). "A alta do desemprego em São Paulo segue
o movimento nacional de aumento da taxa", explicou Azeredo. O
rendimento médio real em São Paulo somou R$ 2.401,25 no primeiro
trimestre de 2015, alta de 2,0% ante o último trimestre de 2014 e
crescimento de 2,2% em relação aos primeiros três meses do ano passado.
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