Impeachment instaura clima de “fim de expediente” no governo Dilma

O ocaso do governo de Dilma Rousseff (PT) instaurou um clima de fim de expediente em Brasília. Matéria publicada neste domingo (1) na Folha de S. Paulo diz que a falta de perspectiva de poder para o grupo instalado há 13 anos no Planalto, fruto do processo de impeachment que deverá ver a presidente afastada na semana que vem, abriu uma parada de situações insólitas.
A começar pela própria mandatária. Cinco dias depois de a Câmara autorizar a abertura do processo, que pode depô-la constitucionalmente, na sessão de 17 de abril, Dilma ordenou que as suas gavetas no Palácio do Planalto fossem todas limpas.
O destino da papelada é o bunker a ser instalado no Palácio da Alvorada durante os até 180 dias em que permanecerá afastada durante o julgamento pelo Senado, caso a tendência hoje majoritária de abrir o processo seja tomada pelo plenário no dia 11.
Êxodo - Há a previsão de um êxodo, uma vez que há um mar de funcionários comissionados por livre nomeação –22.118, uma elite entre 617.146 servidores civis. O destino mais óbvio são as gestões petistas pelo Brasil afora.
Segundo a Folha apurou, técnicos do PT na Saúde, Justiça e Desenvolvimento Agrário procuraram a Prefeitura de São Paulo. Os governos de Minas e da Bahia também são desejados. Outros sondaram discretamente os ministeriáveis de pastas com poder de influenciar nomeações.
Embora Dilma tenha dado a ordem à equipe para não desanimar, entre os titulares da Esplanada não se encontram mais otimistas sobre a permanência. Segundo auxiliares, Nelson Barbosa (Fazenda) deverá dar aulas na FGV (Fundação Getúlio Vargas) em São Paulo. Aloizio Mercadante (Educação) disse a aliados que pretende voltar à vida acadêmica na Pontifícia Universidade Católica, também na capital paulista. Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) deve reassumir uma cadeira de vereador em São Paulo.

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