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A OAS deve negociar, entre outros ativos, a SPE Arenas, entidade que
gere a Arena Fonte Nova junto com a Odebrecht, segundo publicado pela
Folha de S. Paulo. Outro ativo da empresa em negociação é sua fatia no
estaleiro Enseada (17,5%), em construção no município de Maragogipe, no
Recôncavo Baiano. As negociações fazem parte da tentativa da
empreiteira de pagar os R$ 7,9 bilhões em dívidas. Por causa disso,
inclusive, a OAS protocolou nesta terça-feira (31) o pedido de
recuperação judicial do grupo, em uma vara empresarial de São Paulo. A
solicitação é feita quando a empresa perde a capacidade de pagar suas
dívidas, como um meio para que a organização reorganize seus negócios.
Para quitar os débitos, a OAS já colocou à venda sua participação na
Invepar (24,44%) - que tem concessão do Aeroporto de Guarulhos -, a OAS
Empreendimentos (80%), a OAS Soluções Ambientais (100%) e a OAS Defesa
(100%). O processo envolve também a holding OAS S/A e as companhias
Construtora OAS, OAS Infraestrutura, OAS Imóveis, OAS Investimentos, OAS
Investments GMBH (com sede na Áustria), OAS Investments Limited e OAS
Finance Limited (ambas com sede nas Ilhas Virgens Britânicas). O
processo de recuperação judicial foi feito de forma conjunta, já que a
estrutura organizacional do grupo "é baseada na estreita relação
operacional e financeira das sociedades que o integram", segundo o
pedido. A OAS é uma das maiores empreiteiras do país e também alvo da
Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção na Petrobras. A
construtora é uma das acusadas de pagar propina a ex-funcionários da
estatal em troca de vantagens em licitações e contratos com a
petroleira.
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