segunda-feira, 30 de março de 2015
O
estudante Peterson Ricardo Teixeira de Oliveira, de 14 anos, filho
adotivo de um casal gay, que supostamente teria sido agredido em uma
escola na cidade de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, morreu
de causas naturais, segundo aponta laudo do exame necroscópico. Peterson
morreu após passar mal na escola, quase quatro horas depois de se
envolver em uma discussão com colegas de classe, no dia 5 de março. Com
quadro de parada cardiorrespiratória, ele deu entrada no Hospital
Regional de Ferraz de Vasconcelos, onde passou quatro dias em coma antes
de morrer. No dia em que Peterson foi internado, a Polícia Civil
recebeu uma denúncia anônima afirmando que o adolescente havia sido
espancado por um grupo de jovens. O motivo da suposta briga era por ele
ser filho adotivo de um casal gay. Um inquérito policial chegou a ser
aberto para apurar o caso, mas a denúncia não se confirmou. Já no
hospital, os policiais constataram que Peterson não apresentava sinais
de agressão, nem nenhuma lesão na calota craniana que pudesse ter
ocasionado o mal súbito. A informação foi confirmada pelo médico legista
no laudo, segundo o qual o corpo "não demonstra sinais de violência
externa". A conclusão é a de que Peterson tinha uma doença no coração,
chamada cardiomiopatia hipertrófica (quando o miocárdio é maior que o
normal), que pode provocar arritmias e, consequentemente, paradas
cardiorrespiratórias. "Concluímos que o periciando era portador de
cardiomiopatia hipertrófica que ocasionou o quadro de tromboembolismo
pulmonar que o levou a óbito, portanto, morte natural", diz o laudo. Com
o resultado do exame, as investigações devem ser encerradas.
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