Foto: Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Após mais uma semana em que o Planalto tentou aprovar medidas do ajusto fiscal no Congresso,
o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a
emitir críticas ao governo federal e às articulações políticas da
presidente Dilma Rousseff (PT). Em entrevista ao jornal O Globo deste
domingo (29), o deputado analisou a relação do PMDB, maior partido da
base aliada, no governo Dilma e resumiu: “Na prática, a gente finge que
está lá (no governo). E eles fingem também (que o PMDB está no
governo)", constatou. Na avaliação de Cunha, o governo vive uma "inércia
de comunicação" que "passa a sensação de estar parado". “A gente vê
essa paralisia em vários lugares. Ela (Dilma) tem que responder a essa
paralisia com ação", disse o deputado. Questionado sobre a dificuldade
apresentada por Dilma em aprovar projetos de interesse do Planalto no
poder Legislativo, Cunha afirmou que a presidente se cercou de pessoas
fracas - crítica indireta aos ministros Pepe Vargas (Relações
Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e
Ricardo Berzoini (Comunicações), apontado pelo deputado como
“patrocinador” da “radicalização dos atos políticos”. "Dilma saiu da
máquina. É a primeira presidente da República que não foi parlamentar.
Ela não conhece o Congresso", disse o peemedebista. A respeito das
investigações da Operação Lava Jato, Cunha classificou o esquema
revelado pela Polícia Federal na Petrobras como “o maior escândalo de
corrupção do mundo”, e reiterou que houve interferência do governo na
inclusão de seu nome na lista dos políticos investigados do Procurador
Geral da Republica, Rodrigo Janot.
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