Presidenciável do PV quer voto facultativo, descriminalização do aborto e regulação das drogas

Presidenciável do PV quer voto facultativo, descriminalização do aborto e regulação das drogas
Foto: Francis Juliano/ Bahia Notícias

Pré-candidato do PV à Presidência da República, o médico e ex-deputado federal Eduardo Jorge pretende levar o PV para debates bem mais polêmicos na campanha deste ano do que em 2010, quando a então postulante do partido, Marina Silva, se esquivou do debate por "questão religiosa". Entre os temas defendidos pelo verde estão o retorno da discussão do parlamentarismo, reforma política – com direito a extinção do Senado e votos facultativo e distrital misto –, "descriminalização" do aborto e "regulação" das drogas. Autor da Lei de Planejamento Familiar, quando esteve no Congresso, o aspirante ao Palácio do Planalto, atribui a uma "falha" na aplicação da política a quantidade de interrupções de gravidez no país. "São centenas de milhares de mulheres, por ano, que fazem aborto clandestinamente. O ministério estima que possa chegar a 800 mil mulheres que fazem o aborto clandestino, por ano. O PV é laico, mas é espiritualista. Por causa desse dogma eu vou entrar como Pilatos nesse assunto? Eu, como médico, não posso deixar de estender a mão para uma mulher que tomou essa posição. Se a sociedade está preparada ou não, eu não sei", pondera. Em relação à expansão da violência no Brasil, ele diz que a guerra contra o narcotráfico está "perdida" e propõe usar a "massa cinzenta cerebral" para mudar o quadro. "Não é liberação [das drogas]. Hoje a avaliação nossa é a regulação. De todas. A liberação pode dar o tom de que estamos incentivando. Hoje já é possível comprar, mas quem regula é o criminoso. É a economia do crime. O que é que eu quero: eu, Estado, vou regular. Hoje ninguém sabe o que está misturado a essas drogas... Eu vou regular, vou te orientar... Você vai saber o que significa usar isso", opina.

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