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A pré-candidata à vice-presidência da República na chapa de Eduardo
Campos (PSB-PE), ex-senadora Marina Silva, afirmou neste sábado (17) que
não é errado governar com apoio de outros partidos, mas criticou as
alianças políticas feitas pelos partidos para garantir mais tempo para a
propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Para ela, os acordos não
levam em consideração os anseios da sociedade. “Geralmente as pessoas
fazem esses movimentos para compartilhar um palanque, uma eleição",
afirmou. No ano passado, a Justiça Eleitoral não permitiu a formalização
do partido Rede Sustentabilidade por falta de assinaturas suficientes.
Por isso, o grupo não recebeu o fundo partidário nem pode fazer
propaganda. Marina se filiou então ao PSB, que absorveu a Rede para as
eleições deste ano. O fato, para a ex-senadora, gera uma oportunidade de
se debater o programa político. "Estamos em uma coligação que não
acrescenta para o candidato um segundo de televisão, que é o que as
coligações, me parece, mais prezam. E nesse caso o que nós temos são
algumas propostas, algumas ideias em processo de construção. E isso já é
uma diferença muito grande", defende. Marina voltou a afirmar também
que a polarização entre o PT e o PSDB acaba por "fulanizar" as
conquistas recentes do país. Para ela, é preciso superar esta
compreensão da política e entender que as ações devem ser feitas como
uma "oferta" para o povo. "Nada de grandioso foi feito por uma pessoa ou
por um partido. A nossa democracia foi uma conquista de vários partidos
e de vários segmentos da sociedade", disse. A pré-candidada participou,
da abertura do 1º Congresso da Rede Sustentabilidade, realizado neste
final de semana em Brasília, e disse acreditar que, mesmo com as
dificuldades, a legenda já é "reconhecida pela população". Informações
da Folha de S. Paulo.
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