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O
jurista Luiz Flávio Gomes, em sua passagem pela Bahia, defendeu o fim
da reeleição de políticos no Brasil. O jurista, que já foi promotor de
Justiça, juiz e advogado, afirma que o fim da reeleição pode ajudar a
reduzir os índices de corrupção no país. Segundo Gomes, “quanto mais o
político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta”, e
que, com isso, o “risco dele se contaminar é muito grande”. “O que nós
estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos,
porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas
lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses
do país, não com os interesses partidários ou próprios”, explica. O
jurista critica ainda o fato de muitos políticos dizerem que a sua
profissão é a política, e, que, ao final de cada mandato, muitos não
conseguem mais retornar as suas profissões de origem por se tornar
“irreciclável para o mercado”. “A democracia é regida por políticos, não
tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam
conscientes, honestos, cumpra um papel, saia, e depois, se quiser, se
gostou da vida política, que volte no futuro”, sentencia. Luiz Flávio
admite que a reeleição é algo bom na política, mas assevera que “nós
vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a
reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial”. Com esse
diagnóstico, o jurista lançou o movimento Fim do Político de Carreira,
que pretende reunir 1 milhão de assinaturas, através de abaixo-assinado,
para levar ao Congresso e assim, extinguir o sistema de reeleição no
país. Na entrevista concedida ao Bahia Notícias, Luiz Flávio Gomes
afirma que o projeto apresentado por Aécio Neves, de quando ainda era
senador, é um bom ponto de partida para discutir as reeleições no país, e
estender o debate para o fim das reeleições de deputados e senadores.
“Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o
parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse
projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas”, avalia.
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