Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Terceiro baiano mais votado para atuar na Assembleia
Legislativa a partir de 2015, Marco Prisco Caldas Machado confessou ao
Bahia Notícias estar “angustiado” com as restrições impostas pela Justiça para que deixasse o Complexo Penitenciário da Papuda,
no final de maio. Conhecido como Soldado Prisco (PSDB), o diretor geral
da Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra-BA)
liderou as últimas greves da Polícia Militar na Bahia, além de ter
participado dos movimentos paredistas do Piauí, Maranhão e Ceará. “A
angústia foi grande e continua sendo grande. Eu ainda não posso sair
para agradecer os votos que recebi, não posso visitar meus dois filhos
que não residem em Salvador... Nós fizemos duas carretas e eu não pude
ir para uma. Não fui para nenhuma caminhada que organizamos. A angustia é
enorme”, contou. Segundo ele, a obrigatoriedade de permanecer em seu
domicílio durante a noite e os finais de semana interfere até mesmo em
seu mandato na Câmara de Vereadores soteropolitana. “Não [atrapalha] só
nas sessões, porque nosso trabalho não é só interno. Eu não posso
participar de nenhum evento noturno nem ir nos bairros. Atrapalha a
população que me elegeu”, reclama. Ainda assim, Prisco garante que vai
aproveitar o parlamento – “que é um espaço democrático” – para
“continuar sua luta em prol da segurança pública”. “Vou batalhar pela
minha área, tanto na questão da segurança quanto dos servidores
públicos. Além disso, vou voltar minha atenção à educação. Quando se
investe em educação, não precisa se investir tanto em repressão”,
prometeu. O soldado disse acreditar que, como deputado estadual, poderá
atuar de forma mais ampla no estado. “A diferença é grande. Como
vereador, o raio de alcance é muito pequeno em relação ao que será no
estado”, avaliou.
Comentários