As prisões do líder indígena Rosilvaldo
Ferreira da Silva, o Cacique Babau, e do irmão dele, José Aelson Jesus
da Silva, o Teity Tupinambá, são acompanhadas pela Secretaria Estadual
de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (Sjdhds). Os dois
estão no Presídio Advogado Ariston Cardoso, em Ilhéus. De acordo com o
G1, a secretaria informou que Babau integra o Programa de Proteção aos
Defensores dos Direitos Humanos da Secretaria Especial de Direitos
Humanos da Presidência da República, coordenado no estado pela pasta. O
titular da secretaria, Geraldo Reis, está em Ilhéus para acompanhar a
situação. Ele foi ao presídio no sábado (9), em visita aos indígenas,
presos desde a quinta-feira (7). Os dois são suspeitos de reagir a uma
reintegração de posse na cidade de Olivença. Uma audiência de custódia,
que deve decidir sobre a liberação dos dois, será realizada nesta
segunda (11), às 14h, na Vara Federal de Ilhéus. De acordo com a Polícia
Federal, a ação a favor de um produtor rural começou na quarta (6), em
uma fazenda ocupada por índios da tribo tupinambá e não houve
resistência. No dia seguinte, quando o produtor rural foi até o local
com o maquinário para trabalhar, houve confusão. Segundo a PF, quando a
Polícia Militar chegou, foi recebida a tiros e pedradas. O cacique Babau
tentou fugir em um carro, de acordo com a polícia, jogando o veículo
contra uma barreira montada com as viaturas. Ainda conforme a PF, houve
perseguição, até que Babau e o irmão fossem presos em flagrante por
porte ilegal de arma. Os suspeitos ainda podem responder por resistência
a ordem judicial e dano ao patrimônio privado e às viaturas da polícia.
As armas apreendidas foram um revólver calibre 38, uma pistola e
munições. O advogado da comunidade indígena, Valdir Mesquita, diz que o
cacique nega envolvimento na confusão. “O Babau informa que estava
fazendo um ritual, um trabalho em uma aldeia vizinha de Olivença. Depois
disso, resolveu ir para a casa dele em um carro com o irmão. Quando a
polícia atravessou as viaturas na estrada, o carro bateu porque não
tinha alternativa. Pegaram Babau, colocaram dentro de um carro. Botaram o
irmão no outro. E na frente, juntaram os dois, trouxeram para a
delegacia, apresentando existência de armas que nunca existiram naquele
carro”, afirma.
Secretaria de Justiça acompanha prisão de líder indígena 'Babau' em Ilhéus
quarta-feira, 13 de abril de 2016
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