PF acredita que R$ 90 milhões foram desviados (Foto:Divulgação) |
O valor faturado pelo esquema fraudulento envolvendo sete falsas
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e
prefeituras baianas chegou a R$ 360 milhões no período de cinco anos,
segundo informações da Polícia Federal, divulgadas na tarde desta
quinta-feira (5), durante coletiva. Desse valor, a PF calcular que R$ 90
milhões foram desviados. Outros R$ 85 milhões foram sonegados. Entre
2010 e 2015, as falsas organizações celebraram contratos de prestação de
serviços e mão de obra com 39 municípios da Bahia. Do valor faturado,
R$ 80 milhões foram apenas da prefeitura de Barreiras. O esquema – que
era movimentado por duas organizações criminosas – foi desarticulado
pela Operação Infecto, deflagrada pela Polícia Federal (PF), em parceria
com a Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Ministério
Público Federal. Ao todo, dez mandados de busca e apreensão foram
cumpridos em Salvador, Juazeiro, Jacobina, Valença e Petrolina (PE), em
escritórios, casas e uma empresa de laranjas ligados ao esquema. Nesses
locais, a polícia apreendeu documentos utilizados nas fraudes e uma
picape Hilux. Durante fiscalização da Controladoria Geral da União
(CGU), ficou constatada a atuação das organizações criminosas nos
municípios de Barreiras, Uauá, Ipirá, Quixabeira e Valença. Nesses
municípios, a Controladoria detectou contratos que demonstram a
prestação de serviços das falsas Oscips, que atuavam como empresas de
terceirização de mão de obra para as áreas de Saúde, Educação e
Transportes. De acordo com Maurício Salin, delegado da Polícia Federal
responsável pela investigação, o esquema consistia na formação de falsas
organizações civis para desvio de dinheiro público. *Correio24h
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