Um tribunal antiterrorista paquistanês condenou à prisão perpétua dez
homens por tentativa de assassinato em 2012, contra Malala Yusafzai. A
decisão foi anunciada na última quinta-feira (30). "Cada um deles
recebeu uma pena de 25 anos de prisão", o que equivale à prisão perpétua
no direito paquistanês, informou uma fonte à AFP. Em outubro de 2012, a
jovem militante à educação foi alvo de um atentado dos talibãs
paquistaneses do TTP quando retornava da escola em Mingora, no Noroeste
do Paquistão. O ataque à adolescente, que na época tinha 15 anos,
comoveu todo mundo e gerou polêmica no Paquistão, onde os círculos
islamitas a acusam de "jogar o jogo" do Ocidente a fim de "profanar" a
religão muçulmana. Em setembro do ano passado, o exército paquistanês,
que lançou em junho uma grande operação contra os talibãs do TTP e
outros jihadistas ligados à Al-Qaeda, anunciou a detenção de dez
suspeitos. Os homens foram transferidos ao tribunal antiterrorista de
Mingora, cidade onde nasceu Malala, no vale do Swat, controlado pelos
islamitas radicais entre 2007 e 2009. Neste período, impuseram um regime
de terror e privaram as meninas à educação. As autoridades de Islamabad
afirmam que o homem suspeito de ser o autor do disparo contra Malala,
identificado como Ataullah Khan, estaria foragido no Afeganistão, junto
com o líder talibã paquistanês, Mulá Fazlullah, que ordenou o ataque.
Malala foi premiada com o Nobel da Paz no ano passado.
Tribunal paquistanês condena dez homens à prisão perpétua por ataque a Malala
sábado, 2 de maio de 2015
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