A explicação da paixão vai muito além da bioquímica. Envolve gostos, cheiros, memórias e sensações particulares.
Mas os sinais típicos desse sentimento, como palpitação, frio na
barriga, suor, brilho nos olhos, leveza e perda de fome e sono, também
têm uma base hormonal. Glândulas e neurotransmissores são responsáveis
pelas mudanças do corpo e da mente nessa fase. Para aprofundar como age a
paixão – que vem do grego pathos e significa sofrimento, como em Paixão
de Cristo –, o endocrinologista Alfredo Halpern e o psicólogo Ailton
Amélio da Silva, que coordenou uma pesquisa sobre o "mapa do amor" em
quatro cidades brasileiras. Segundo Halpern, a paixão é uma união
química, que só ocorre quando se trata de uma via de mão dupla, ou seja,
há reciprocidade. Ela faz bem para a alma, o coração e a saúde em geral
– mas, quando acontece o afastamento, pode vir a depressão, porque
existe uma dependência provocada pela dopamina. Esses sintomas duram de 1
ano e meio a 3 anos, que é o tempo em geral, sob o ponto de vista
biológico, de os indivíduos casarem e terem filhos...
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