Romário diz que Congresso deveria investigar contratos da CBF

O senador Romário quer que o Congresso examine os contratos secretos da CBF, especialmente no que se refere ao envolvimento de empresas que operam a partir de paraísos fiscais em acordos com a seleção brasileira. Sua ideia é a de convocar uma audiência pública no Senado para colocar pressão sobre a entidade. No fim de semana, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou com exclusividade os acordos da CBF. Nos documentos, de novembro de 2011, o ex-presidente da entidade Ricardo Teixeira cedeu para a empresa ISE os direitos exclusivos dos amistosos do Brasil até 2022. Mas, no endereço fixado pela ISE no contrato, a indicação é apenas uma caixa postal na cidade de Grand Cayman, no paraíso fiscal, e fora do controle do Fisco. Quem de fato controla a empresa é o grupo DAG, um dos maiores do Oriente Médio e com bancos espalhados por vários países. A assinatura no contrato é de Mohyedin Saleh Kamel, um dos diretores da DAG. Em nota emitida no domingo, a CBF explica que não cabe a ela definir onde deve ser a sede da ISE e que, de fato, os investidores fazem parte do grupo DAG.

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