O juiz federal Sérgio Moro, relator dos processos da Operação Lava
na primeira instância, concedeu nesta sexta-feira (15) liberdade a
Guilherme Esteves, acusado de ser um dos operadores no pagamento de
propina na Petrobras. No entanto, Esteves deverá pagar R$ 500 mil de
fiança para sair da prisão. De acordo com a Agência Brasil, apesar de
conceder liberdade ao acusado, o juiz recebeu denúncia do Ministério
Público Federal (MPF) contra Esteves e sua esposa por obstruir as
investigações, ocultando provas. De acordo com as investigações da Lava
Jato, Esteves intermediou o pagamento de US$ 8 milhões de propina do
Estaleiro Jurong para ex-diretores da estatal. Ele foi preso em março
pela Polícia Federal. Na decisão, Moro justificou que a fiança é
necessária como condição para evitar a fuga do acusado. "Sempre que
possível, excetuada hipossuficiência econômica, deve ser exigida fiança
para vincular o investigado e o acusado ao processo, garantir sua
presença nos atos processuais, contribuindo ainda para garantir a futura
reparação do dano decorrentes do crime. No caso, considerando o suposto
envolvimento do acusado com contas offshores no exterior, pagamentos de
propinas milionárias, todos signos presuntivos de riqueza, fixo a
fiança em R$ 500 mil", decidiu o juiz. A defesa de Guilherme Esteves
alegou que as provas apresentadas são insuficientes para a aceitação da
denúncia e pediu que ele fosse colocado em liberdade.
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