Joaquim Levy, ministro da Fazenda, havia proposto corte de até R$ 80 bilhões. |
Ao definir o tamanho do bloqueio, o governo estimou que o país terá uma
retração de 1,2% do PIB neste ano, pior do que a previsão anterior
(0,9%). A inflação oficial será de 8,26%, bem acima do centro da meta
(4,5%). O corte vai atingir R$ 49 bilhões de despesas propostas pelo
governo e R$ 20 bilhões de emendas parlamentares, recursos destinados
por deputados e senadores para suas bases eleitorais. O bloqueio não vai
poupar nenhuma área do governo federal, inclusive saúde, educação e
desenvolvimento social. Esses setores, contudo, serão os mais
preservados. O valor do corte é próximo ao piso para o bloqueio de
gastos proposto pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda), de R$ 70 bilhões.
Sua equipe chegou a propor contenção de R$ 80 bilhões. Os ministérios da
Casa Civil e do Planejamento, além da área política do governo,
defendiam um valor perto de R$ 60 bilhões. Para garantir mais dinheiro
em caixa e cumprir a meta fiscal do ano, o governo editou na noite desta
quinta-feira (21) medida provisória aumentando a alíquota da CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de bancos, de 15% para 20%, o
que deve gerar R$ 4 bilhões por ano. *Informações da Folha.
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