Uma decisão do prefeito de Salvador, ACM Neto, parece não ter
agradado o senador Ronaldo Caiado e pode gerar uma crise interna dentro
do Democratas. Segundo entrevista do A Tarde, Caiado afirmou que Neto
agiu como “ministro” da presidente Dilma Rousseff (PT) ao articular para
que oito deputados do partido votassem a favor do projeto de ajuste
fiscal proposto pelo governo federal. “Foi uma surpresa negativa.
Preciso reconhecer que, ultimamente, tenho errado muito”, afirmou o
senador, que chegou a pedir desculpas pelo que considerou uma “traição”
de deputados do partido. Os votos dos democratas foram decisivos para a
aprovação da Medida Provisória 665 – que restringe acesso a
seguro-desemprego e abono salarial. O prefeito teria conversado, na
última quarta-feira (6), com deputados do DEM e com o vice-presidente
Michel Temer. Dos oito parlamentares favoráveis ao pacote, quatro eram
baianos: José Carlos Aleluia, Elmar Nascimento, Cláudio Cajado e Paulo
Azi. “Nós conversamos com o prefeito e ele nos aconselhou. Ele está
perdendo receita na prefeitura e tem responsabilidade de governar”,
justificou Aleluia. No mesmo dia da reunião de articulação, Neto pediu a
liberação de recursos do Ministério das Cidades para obras de contenção
de encostas na capital baiana. Um dia antes, buscou a liberação de uma
complementação de R$ 24,6 milhões do Ministério do Turismo, para a
realização de obras na orla de Salvador e no Mercado de Itapuã. Para
Caiado, a possibilidade de fusão entre DEM e PTB – da qual é contrário –
pode ter contribuído para a votação. “Desde o primeiro momento, alertei
que os que defendiam a fusão queriam jogar o Democratas no colo do
governo. A votação do arrocho fiscal de ontem comprovou essa tese. Foi
deprimente ver o partido agir assim”, criticou, em nota. De acordo com o
A Tarde, a assessoria de Neto não retornou até o fechamento da edição.
Caiado diz que ACM Neto agiu como ‘ministro de Dilma’ ao articular votação
sexta-feira, 8 de maio de 2015
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