O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato,
condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão, será
trazido da Itália para o Brasil em um voo comercial, segundo fontes da
Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Justiça ouvidos pelo
Estadão. A expectativa é de que policiais federais busquem o ex-diretor
entre a primeira e a segunda semana de maio. De acordo com o Tratado de
Cooperação entre Brasil e Itália, a expectativa é de um prazo de até 20
dias para a extradição de Pizzolato. O governo pretende trazer o
ex-diretor o quanto antes, mas aguarda a publicação da decisão e a
resolução de alguns pontos de logística entre os dois países. O governo
brasileiro foi informado ontem que a Itália aceitou o pedido para
extraditar Pizzolato, que tem cidadania dos dois países. O ex-diretor
fugiu para o país europeu no fim de 2013 para escapar da prisão após ter
sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela prática dos
crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato (uso de cargo
público para obter vantagem pessoal). A Corte de Cassação de Roma já
havia autorizado judicialmente a extradição de Pizzolato no início de
fevereiro. O governo aguardava desde então a autorização do governo
italiano. Para autoridades brasileiras, a resposta positiva dada pelo
governo de Mateu Renzi é motivo de comemoração. A extradição foi aceita
mediante a confiança da Itália nas garantias dadas pelo governo
brasileiro à prisão de Pizzolato. Além de ter apresentado garantias como
as condições do presídio para o qual o ex-diretor será levado, no
Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, o Brasil assegurou a
prestação de serviços consulares, aos quais todo preso estrangeiro tem
direito.
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