Um grupo de pesquisadores de biologia desenvolveu uma forme de “criar”
um modo de visão noturna temporário para seres humanos em um experimento
divulgado na semana passada, liderado por Gabriel Licina, na
Califórnia, Estados Unidos Responsável pelo site Science for The Masses,
o grupo utilizou uma clorofila química, a Clorina e6, normalmente
utilizada em tratamentos de câncer e também em casos de cegueira
noturna. A fórmula final consistia em uma mistura da Clorina e6 com
dimetilsulfóxido, insulina e soro fisiológico. De acordo com o Correio
Braziliense, o produto foi aplicado diretamente nos olhos de Licina, que
se voluntariou para ser a cobaia do experimento. Ao ser absorvida, a
mistura altera a forma como os bastonetes (células sensíveis à luz)
trabalham no escuro. Para testar a eficiência do procedimento, os
pesquisadores fizeram diferentes testes. Primeiramente, foram pendurados
objetos a dez metros de distância no escuro para que Licina tentasse
reconhecê-los. Com o passar do tempo, a distância era aumentada. E o
biohacker conseguiu identificá-los com facilidade. Em uma segunda
etapa, o grupo foi a uma floresta à noite. Pessoas ficavam entre as
árvores para que Licina tentasse localizá-las apenas com a visão. “A 50
metros, conseguíamos identificar onde elas estavam, mesmo se elas
estivessem encostadas em uma árvore”, relata Licina. No fim, o
pesquisador teve sucesso em 100% das tentativas, enquanto pessoas que
passaram pelo mesmo teste, mas sem a mistura com Clorina e6, conseguiram
uma taxa de sucesso de apenas um terço, em média. No dia seguinte, a
visão de Licina já havia voltado ao normal. Além disso, ele não teve
nenhum efeito colateral nos 20 seguintes ao experimento.
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