O alerta de emergência de saúde por causa do ebola na Guiné foi
reforçado neste domingo pelo presidente Alpha Condé. O alerta
permanecerá por mais 45 dias em cinco departamentos e na capital,
Conacri. O presidente do país, que foi o epicentro da epidemia, lembrou
aos cidadãos que desde que a emergência sanitária nacional foi
declarada, em 13 de agosto de 2014, 1.880 guineanos dos 3.478
contaminados pelo vírus morreram. A epidemia de ebola foi descoberta há
um ano na Guiné, de onde o vírus se propagou rapidamente para Libéria e
Serra Leoa, provocando mais de 10 mil mortes nesses três países. O
presidente ainda pontuou que a situação melhorou, mas que o que "ainda
falta fazer é mais difícil do que o que já fizemos". Condé ainda
salientou que as precauções indispensáveis contra o ebola diminuíram e
estão sendo "cada vez menos seguidas". Para ele, esse tipo de
negligência tem acontecido "no coração" do sistema de saúde da Guiné, em
referência a um quarto de hospital e várias clínicas privadas que
estavam infectadas pelo vírus. O presidente explicou que a epidemia se
deslocou para o litoral do país, rumo aos departamentos de Forécariah,
Coyah, Kindia, Dubréka e Boffa, uma região densamente povoada, onde o
vírus é ainda mais um "risco real" para a saúde do país. A emergência
sanitária será reforçada durante 45 dias, com adoção de medidas
rigorosas. Poderão ser necessário adoção de medidas de confinamento e
contenção para garantir o atendimento sanitário para os infectados. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou esta semana que começou a
aplicar uma vacina teste contra o ebola nos moradores de uma das áreas
da Guiné mais afetadas pela epidemia, o que servirá para determinar a
eficácia da droga.
Presidente da Guiné reforça alerta de emergência contra ebola por 45 dias
segunda-feira, 30 de março de 2015
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