Conforme enquete em publicação anterior de cidadaodopovo.com.br, 92% da população jacobinense entende ser fruto de perseguição política.
A princípio, o gestor municipal acreditava que, logo nos dois primeiros meses, a direção do nosocômio jogasse a toalha, desconhecendo o equilíbrio financeiro da entidade, sempre mantida por uma administração eficiente e profícua, que revelou possuir capacidade gerencial até então subestimada pelo alcaide.
O HRVG tem ainda um crédito junto à prefeitura de aproximadamente R$ 260 mil, provenientes de saldo do mês de dezembro de 2012, além de serviços prestados entre 1º a 17 de janeiro deste ano e atendimentos emergenciais realizados nos meses seguintes, mas que nunca foram pagos pela atual administração municipal.
Na verdade, Leopoldo Passos não deixará a direção da AJA, conforme anunciado, mesmo por que ele não faz parte da direção da entidade filantrópica mantenedora do hospital, sendo funcionário do HRVG e, portanto, submetido à pessoa jurídica da Associação, embora sabemos ter forte ascendência sobre ela.
Assim, com a capacidade financeira do hospital regional chegando em seu limite, a direção caminha para uma negociação com um grupo da capital, representado pelo empresário em administração hospitalar Reynaldo Mansur, que tem larga experiência em gestão nesta área, incluindo hospitais, clinicas e postos de saúde. Uma dessas tentativas de negociação chegou a ser feita, inicialmente, com o grupo do deputado federal Antônio Brito (PTB-BA), que preside a Frente Parlamentar em Defesa das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas, que veio à Jacobina conhecer as instalações do HRVG e fazer as tratativas, mas acabou não dando certo.
Os motivos da não concretização também não foram revelados.
Para um determinado conselheiro da AJA, a decisão de passar a instituição hospitalar para outra administração vinha sendo adiada, pensando sempre na coletividade, nos funcionários, na responsabilidade com seu compromisso social.
Desde o início do ano já foram demitidos cerca de 30 funcionários, a maioria formada por pais de família, restando um corpo funcional composto de 130 pessoas, que poderá ser aproveitado pela futura gestão.
O anúncio das negociações deve ser revelado nas próximas horas, já que tudo caminha para um desfecho final nesse sentido. Para que o negócio seja fechado, haverá a necessidade de um eventual sinal verde da prefeitura na efetivação do contrato, pois seria inviável para qualquer gestão não poder contar com a contrapartida municipal em relação à terceirização dos serviços de saúde local.
É bom lembrar, que mesmo diante de todas essas dificuldades enfrentadas pela AJA, o HRVG nunca fechou as suas portas, mantendo o plantão médico e servindo a todos que procuraram atendimento, inclusive aqueles que chegaram em situação grave e emergencial. Texto: Maurício Dias / Cidadão do Povo
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