Depois de 9 anos, País volta a contratar usina a carvão

O carvão mineral, insumo que foi praticamente banido dos novos projetos de geração de energia no Brasil, voltou à carga na matriz elétrica. Depois de nove anos, um projeto de usina térmica alimentada por carvão volta a ser contratado pelo governo, para gerar energia. No leilão realizado nesta sexta-feira (28) a Tractebel Energia, empresa do grupo GDF Suez, conseguiu fechar negócio para construção da usina Pampa Sul, que será erguida no município de Candiota (RS). O projeto foi viabilizado com a proposta de R$ 201,98 por megawatt/hora. Com 340 MW de capacidade instalada, Pampa Sul deve entrar em operação em janeiro de 2019. A usina será construída pela empresa chinesa Sdepci. "Esse projeto da Tractebel abre um novo ciclo para o carvão na geração de energia no País", disse Luiz Fernando Zancan, presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM). O leilão A-5, realizado para contratar projetos que entrarão em operação daqui a cinco anos, chegou a habilitar dez projetos de térmicas a carvão, que somavam 4.490 MW. Somente Pampa Sul, no entanto, teve proposta vencedora no leilão. "Acredito que muitos projetos foram prejudicados por conta do risco no prazo da obra. Estamos entrando em dezembro. Na realidade, as empresas não teriam cinco anos para construir as usinas, mas quatro. Isso influenciou negativamente", comentou Zancan.

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