sábado, 1 de novembro de 2014

O
líder do grupo extremista islâmico da Nigéria Boko Haram, Abubakar
Shekau, se recusou a firmar um acordo de cessar-fogo com o governo e
disse que mais de 200 estudantes sequestradas se converteram ao Islã e
se casaram. Em um novo vídeo divulgado, na noite de sexta-feira (31),
Shekau frustrou as esperanças de uma troca de prisioneiros pela
liberdade das estudantes. "A questão das meninas já está esquecida
porque eu já as casei há muito tempo", disse ele, rindo. "Nessa guerra,
não há volta", disse o líder do grupo rebelde no vídeo recebido pela
Associated Press. O chefe da equipe de Defesa da Nigéria, Marshal Alex
Badeh, anunciou no dia 17 de outubro que o Boko Haram tinha concordado
com um cessar-fogo para acabar com a insurgência que já dura cinco anos e
matou milhares de pessoas, além de provocar a fuga de outras centenas
de milhares de suas casas no nordeste da Nigéria. No entanto, os ataques
e sequestros continuaram, com os extremistas tomando o controle nesta
semana da cidade de Mubi, onde habitam mais de 200 mil pessoas. O
combate também continuou na sexta-feira em Vimtin, um vilarejo onde
Badeh nasceu. O sequestro de 276 alunas pelo Boko Haram ocorreu, em
abril, quando elas faziam provas em uma escola em Chibok, localizada em
uma região remota do nordeste do país. O sequestro provocou uma campanha
internacional para que o grupo libertasse as meninas e críticas ao
governo nigeriano por não ter agido rápido para libertá-las. Dezenas de
garotas escaparam por conta própria nos primeiros dois dias após o
sequestro, mas 219 continuam desaparecidas.
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