A pressão da inflação e o ganho real do salário mínimo em um patamar
menor do que o dos últimos anos vai impactar negativamente o crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, acredita o presidente do
Conselho Regional de Economia (Corecon-BA), Gustavo Pessoti. “O cenário
para 2015 é preocupante. O mínimo não vai acompanhar a tendência dos
últimos anos, temos um cenário de juros altos, pelo menos no primeiro
semestre, por conta do momento que a gente está tendo. E a inflação não
deve se descontrolar, mas estará no limite extremo”, prevê. Ele
acredita que o governo vai tentar dar um choque de gestão, arrumar a
casa, mas não vai conseguir livrar os cidadãos dos efeitos dos ajustes.
“A inflação é o que existe de pior na economia porque faz com que todos
percam. Trabalhadores, empresas e até o governo, porque arrecada menos”,
explica Pessoti. Segundo ele, o efeito da elevação dos preços não teve
um impacto tão grande este ano porque o reajuste salarial compensou, o
que não deve se repetir no ano que vem. “No setor de consumo, você tem a
inflação que vai sofrer o impacto do reajuste da gasolina, que
interfere na vida de quem tem carro, mas também nos preços de diversos
produtos que são transportados pelos carros”, diz Pessoti.
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