O presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), 18 vezes citado na
Lava Jato, defendeu nesta sexta-feira (25) que o ex-ministro da Cultura
Marcelo Calero seja investigado por supostamente ter gravado conversa
com o presidente Michel Temer. "Há algo aí de extremamente grave e que
também tem que ser investigado, o fato de um servidor público, um homem
da confiança do presidente da República, com cargo de ministro de
Estado, se confirmado isso, entrar com um gravador para gravar o
presidente. Isso é inaceitável, é inédito na história do Brasil", disse
Aécio. Para o tucano, Calero poderia, ao gravar deliberadamente Temer,
induzir a conversa de forma a prejudicá-lo. "Isso permite a todos nós
achar que nessa conversa ele tenha induzido qualquer palavra do
presidente. Isso tem que ser investigado porque parece ato passível de
punição", defendeu. De acordo com o jornal Extra, sobre a pressão de
Geddel Vieira Lima, que nesta sexta-feira se demitiu do cargo de
ministro, em cima de Calero para ajudá-lo em questões pessoais, Aécio
tergiversou. Disse que qualquer ação caberia ao presidente Michel Temer.
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