O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa,
primeiro delator da Operação Lava Jato, disse que o doleiro Alberto
Youssef, personagem central da trama de corrupção e propinas na estatal
petrolífera, o procurou em 2010 e disse que o ex-ministro Antonio
Palocci, da Fazenda, pediu uma contribuição de R$ 2 milhões para a
campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência. Os relatos de Costa na
delação premiada foram todos gravados em vídeo pela força tarefa do
Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
Íntegra do depoimento de Paulo Roberto Costa - Ao ser questionado sobre
repasse de valores para a campanha de 2010 da Presidência da República, o
ex-diretor da Petrobrás declarou. "Alguns fatos como esse específico,
as pessoas falavam diretamente com o Youssef. Outros fatos, as pessoas
falaram comigo. Ministro Lobão falou comigo. Pessoal aqui do governo do
Rio falou comigo, não tem nada a ver com o Youssef. Senador Sergio
Guerra, falecido, falou comigo." No início do mês, o ministro Teori
Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para a Justiça
Federal no Paraná, base da Operação Lava Jato, representação do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para investigação sobre o
ex-ministro chefe da Casa Civil do governo Lula, Antonio Palocci.
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