Foto: Reuters/Ibraheem Abu Mustafa
A
Anistia Internacional informou nesta quinta-feira (7) que há cada vez
mais indícios de que hospitais e profissionais de saúde são alvos de
ataques deliberados do Exército israelense na Faixa de Gaza. Segundo o
Ministério da Saúde palestino, desde o dia 8 de julho, quando Israel
lançou a ofensiva contra Gaza, ao menos seis profissionais que
trabalhavam em ambulâncias e outros 13 voluntários foram mortos enquanto
resgatavam os feridos. O escritório das Nações Unidas teria informado
que dos cerca de 1,8 mil palestinos mortos 86% eram civis. A ONU estima
ainda que cerca de 9,4 mil pessoas ficaram feridas, muitas gravemente, e
que em torno de 485 mil pessoas foram deslocadas pelo conflito. Entre
os depoimentos colhidos pela Anistia, há relatos de que soldados
israelenses têm atirado contra ambulâncias identificadas e contra
profissionais de saúde no exercício das suas funções. “A obstrução
deliberada de pessoal médico para evitar que feridos recebam atenção
médica pode constituir uma grave violação da Quarta Convenção de Genebra
[sobre a Proteção das Pessoas Civis em Tempo de Guerra, de agosto 1949]
e um crime de guerra”, conclui a nota divulgada no site da organização.
Desde o início dos confrontos, Israel alega que os militantes
palestinos da Hamas adotam, como estratégia militar, a prática de se
esconder e armazenar armamentos em escolas e hospitais, além de usar
crianças e mulheres como "escudos humanos", o que explicaria o número de
civis mortos. Informações da Agência Brasil.
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