Trabalho Escravo: Mais dois profissionais cubanos deixam o Mais Médicos



A Associação Médica Brasileira divulgou nesta terça-feira (3) que dois médicos cubanos abandonaram o programa Mais Médicos, do governo federal, por trabalharem “em condições análogas à escravidão”.
Em entrevista realizada em São Paulo, os médicos Alcanis Borrego e Raul Vargas explicaram que atuavam em unidades de saúde de Senador José Porfírio, no interior do Pará. Segundo eles, itens que constavam no contrato assinado por ambos em Cuba não foram cumpridos depois que chegaram ao Brasil.
Os médicos alegaram que teriam um profissional designado pelo Ministério da Saúde para atuar como tutor e ajudá-los com informações e esclarecimento de dúvidas. No entanto, de acordo com os profissionais, foi designada uma pessoa que não era médica e ficava no Rio Grande do Sul – as conversas ocorriam via internet.

Além disso, eles se queixaram sobre a remuneração recebida. De acordo com os profissionais cubanos, cada um recebia cerca de US$ 1.000 por mês (R$ 2.270). No entanto, outros profissionais, brasileiros e de outras nacionalidades, recebem R$ 10,4 mil mensais e, por isso, os dois alegaram discriminação. Os dois, nascidos e formados em Cuba, formalizaram a sua saída do Mais Médicos e disseram que pretendem ficar no Brasil. A Associação Médica Brasileira informou que vai ajudá-los. 
                                                                          
globo.com

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