Morreu neste domingo (15), José Alves
de Matos, de 97 anos, tido como o último cangaceiro do bando de
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Ele era conhecido como “Vinte e
Cinco” e faleceu em um hospital particular de Maceió, em decorrência de
problemas de saúde causados pela idade avançada, segundo seu neto,
Cleiton Matos. O local e o horário do seu enterro ainda não foram
divulgados pela família.
De acordo com a Sociedade Brasileira
de Estudos do Cangaço, Vinte e Cinco vem de uma família numerosa, sendo
oito irmãos e seis irmãs e depois que seu pai casou novamente nasceram
outros cinco homens e três mulheres. Nascido em Paripiranga, na Bahia,
Matos ficou conhecido como Vinte e Cinco por ter entrado no bando de
Lampião no dia 25 de dezembro de 1933. Segundo os pesquisadores, ele foi
um dos poucos a escapar do massacre no cangaço.
Quando acabou o período do cangaço ele
se entregou para a polícia e ficou preso em Sergipe por quatro anos. Na
cadeia, o ex-cangaceiro estudou e conseguiu entrar na Guarda Civil da
Bahia.
Cangaço
O cangaço foi um dos últimos
movimentos do nosso país de luta armada e de classe pobre que dominou
por um longo período de tempo o nordeste brasileiro. Virgulino Ferreira
conhecido como Lampião foi um dos maiores líderes da história dos
movimentos armados independentes do Brasil.
Em julho de 1938, chegava ao fim a
trajetória do líder cangaceiro mais polêmico e influente no cangaço. A
versão oficial conta que Lampião e a maior parte de seus grupos estavam
acampados em Sergipe, na fazenda Angicos, quando foram surpreendidos. Ao
todo foram 11 cangaceiros mortos, entre eles Lampião e Maria Bonita,
sua esposa. As cabeças deles ficaram expostas nas escadarias da
Prefeitura de Piranhas, interior de Alagoas.
(G1 AL)
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