O cantor Jair Rodrigues morreu
na manhã desta quinta-feira (8), aos 75 anos, em sua casa em Cotia, na
Grande São Paulo. De acordo com a assessoria de imprensa do artista, na
noite da quarta-feira Rodrigues foi para a sauna de sua casa e não saiu
mais de lá. A família só o encontrou por volta das 10h.
A
causa da morte ainda é desconhecida. O corpo está no local, e a família
aguarda a chegada da perícia. O cantor deixa a mulher Clodine, dois
filhos (os também cantores Luciana Mello e Jairzinho) e três netos.
Jair, filho da bossa e do samba
Jair Rodrigues de Oliveira nasceu no dia 6 de fevereiro de 1939 em Igarapava, interior de São Paulo. Iniciou sua carreira musical nos anos 1950 e na década seguinte atingiu o sucesso em programas de calouros na televisão.
Jair, filho da bossa e do samba
Jair Rodrigues de Oliveira nasceu no dia 6 de fevereiro de 1939 em Igarapava, interior de São Paulo. Iniciou sua carreira musical nos anos 1950 e na década seguinte atingiu o sucesso em programas de calouros na televisão.
Ao
lado de Elis Regina, Jair Rodrigues se tornou um dos grandes nomes do
samba ao participar do notório "O Fino da Bossa", programa da TV Record
que foi ao ar entre 1965 e 1967.
Com
jeito brincalhão de malandro, e a voz potente, Jair ficou nacionalmente
conhecido através dos duetos com a "pimentinha". O trabalho rendeu três
discos, "Dois na Bossa volume I,II e III", gravados ao vivo. Na época,
foi um dos primeiros registros a atingir mais de 1 milhão de cópias.
A
interpretação de Jair ganhou dimensão que ressoa até hoje
principalmente com a canção "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de
Barros. A canção sertaneja foi sensação no Festival da Música em 1966,
principalmente pelo fato de Jair ter ficado conhecido como um artista do
samba. "Disparada" acabou empatada com "A Banda", de Chico Buarque.
Carismático,
Jair Rodrigues revisitou o disco "Dois na Bossa" no palco dedicado a
Elis Regina na Virada Cultural de 2012, em São Paulo. Na ocasião, ele
afirmou que Elis havia sido um "grande amor". Ele voltaria a relembrar
da época ao assistir o espetáculo "Elis, a Musical", em cartaz. Jair
assistiu o musical em março, aplaudiu de pé e acabou homenageado pelo
público.
(UOL)
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