O então pré-candidato a prefeito da Cidade do Ouro reuniu os correligionários para uma reunião noturna numa determinada residência no bairro da Missão.
Naquela reunião, com sua peculiar fala mansa, ele dizia e repetia: "Eu errei quando fui prefeito e não tenho o direito de errar mais. Peço a confiança de vocês para fazer o governo da reconstrução, para acabar com o chicote, para acabar com a perseguição política e para oferecer um governo de união e paz."
As centenas de pessoas que estavam presentes nesta e em outras reuniões promovidas pelo então pré, candidato e depois prefeito lembram-se bem.
Assim que assumiu a Prefeitura da Cidade do Ouro, os seus primeiros atos foram de pura perseguição, de uso do chicote mais cruel de que se tem notícia.
A primeira vítima foi o Hospital Regional, cujos pacientes estão sendo tratados a chicotadas no outro hospital.
Pacientes? Eles que se danem!
Mas a maior de todas vítimas é um radialista que responde pelo nome de Maurício Dias.
15 processos contra um radialista por defender suas ideias, por expor o seu pensamento, por ser independente.
15 processos para calar a voz de um profissional de rádio, que hoje, por sinal, se encontra de férias e não se sabe se voltará ao ar.
Nunca antes na história da Cidade do Ouro um radialista tenha sofrido tamanho bombardeio. Nenhum gestor público, nos registros de que se tem notícia, fez algo parecido.
"Eu não tenho o direito de errar mais." Esta frase fica ecoando na memória daqueles que a ouviram repetidas vezes.
"Acabou o chicote", também gostava de dizer.
Trata-se de uma gestão burra que é perseguidora, que usa o chicote e que é manipuladora, que usa pessoas de boa fé para esquentar ação coletiva na Justiça, apenas para processar um radialista que usou no ar a expressão "macacada".
Que burrice sem tamanho!
Macacada quer dizer, segundo o dicionário Aurélio, "grupo de amigos, reunião de amigos".
O prefeito não só tem o direito de errar, mas vem abusando do direito de multiplicar os seus erros.
Melhor dizendo: o seu governo realmente não usa o chicote. Faz bem pior.
Em tão pouco tempo conseguiu roubar a esperança do jacobinense - que um dia acreditou numa mentira descarada.
Pois é, doutor... Quem te viu e quem te vê.
CORINO ALVARENGA
Postado em terça, 02 abril 2013 10:27
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