Membros do PMDB passaram a pressionar o presidente Michel Temer a
tirar das mãos do PSDB a Secretaria de Governo, hoje sob comando de
Antonio Imbassahy. O ministro é visto como válvula de escape para a
crise causada na base por causa do racha interno do PSDB. Nesta semana
um novo pedido de saída de Imbassahy foi feito diretamente a Temer. Os
deputados consideram que o mínimo que o responsável pela articulação
política do governo deve fazer é garantir o apoio do seu próprio partido
ao governo. "O partido que ficou menos bem na foto foi o PMDB. Precisou
de certa forma ser sacrificado para compor a base de sustentação. E não
dá para ficarmos assistindo esse comportamento do PSDB e continuar",
disse ao Uol um deputado peemedebista. Os peemedebistas pressionam
também pela retirada de tucanos de outros três ministérios: Relações
Exteriores (Aloysio Nunes), das Cidades (Bruno Araújo) e dos Direitos
Humanos (Luislinda Valois). De acordo com o Uol, o grupo defende que são
um exagero quatro pastas para um partido que não atua à altura em prol
do governo. "A situação tem que ser dirimida nas duas visões. Tem que
ter habilidade para que não se torne uma situação grave", observou
Carlos Marun (PMDB-MS). A questão deve ser retomada depois que o
presidente Temer voltar da viagem à China - ele embarcará na próxima
terça (29) e tem retorno previsto para o dia 6. Por outro lado, um
interlocutor do Planalto sugeriu que o presidente não deve atender o
pleito do seu partido, já que o PSDB anunciou uma "trégua" entre as alas
divergentes. "Para que o presidente vai correr o risco de incendiar
tudo [no PSDB] de novo à toa?", avaliou. O ministro Imbassahy disse que
não se manifestaria sobre o assunto.
Válvula de escape: PMDB pressiona saída de Imbassahy da Secretaria de Governo
sábado, 26 de agosto de 2017
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