Os
advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediram ao juiz
federal Sérgio Moro que reconsidere sua decisão e revogue o bloqueio de
seus bens. O petista teve confiscados, após pedido do Ministério Público
Federal e ordem do magistrado, R$ 9 milhões de sua aposentadoria no
BrasilPrev, imóveis e R$ 660 mil em quatro contas. "Durante persecução
criminal, autorizou inúmeras medidas cautelares em desfavor do
Peticionário e seus familiares, dentre elas a quebra de seu sigilo
bancário, não tendo encontrado nenhum valor ou movimentação que não seja
correspondente aos valores declarados em seu Imposto de Renda. Por
óbvio, inexistiu, também, qualquer movimentação no sentido de diluir ou
se desfazer de qualquer valor", argumentou a defesa. Sérgio Moro acolheu
o pedido da Procuradoria da República em 14 de julho, dois dias depois
de condenar Lula a 9 anos e seis meses de prisão, por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro no caso triplex. Na sentença, o juiz da Lava Jato
decretou o confisco do imóvel do Guarujá e impôs multa de R$ 16 milhões
ao petista e a outros dois réus, o empreiteiro Léo Pinheiro e o
executivo Agenor Franklin Medeiros, ambos da OAS. A defesa de Lula
coloca como sugestão, caso Moro não aceite desbloquear todos os bens do
petista, que sejam liberados bens impenhoráveis. "Proventos de
aposentadoria, constantes da conta do Banco Bradesco; valores referentes
a cadernetas de poupança dentro do limite legal; e bens em meação, ou
seja, a metade dos ativos financeiros bloqueados e já transferidos para
conta judicial vinculada ao juízo, bem aqueles bloqueados junto à
BrasilPrev Seguros e Previdência S.A", requereu a defesa.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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