Instituto
Federal da Bahia (IFBA), campus Jacobina, e a Secretaria de Educação de
Caldeirão Grande firmaram parceria para ofertar um curso de extensão de
língua brasileira de sinais (libras) para servidores que atuam no
sistema educacional do município. A aula inaugural aconteceu na tarde da
última sexta-feira (11).
A
iniciativa contou com a presença da chefe de gabinete, Silvana Márcia,
que representou o prefeito Candido da Guirra Filho, do secretário de
educação, João Matos, do diretor do campus, Epaminondas Macedo, e dos
técnicos administrativos do IFBA Agda Cortes, Eliene Sales e Daniel dos
Santos Neto.
O
secretário João Matos explicou que, ao buscar a parceria com o IFBA, sua
preocupação foi com a formação dos professores, que são graduados e
licenciados em suas respectivas áreas mas não em educação inclusiva.Matos
informou que, após um mapeamento realizado pelo órgão, foram detectados
12 alunos surdos matriculados na rede municipal. “Com o curso,
estaremos incluindo e dando condições para que esses alunos tenham
acesso à educação. Ele também trará um impacto positivo na formação dos
professores e no tratamento pedagógico que esses alunos vão receber”,
explicou o secretário.
O
diretor Epaminondas acredita que o compromisso educacional do IFBA não é
somente com os estudantes dos cursos regulares mas também com toda a
sociedade.“Esse não é o primeiro projeto que nos faz sair dos muros da
escola e da própria cidade de Jacobina para também ofertar educação para
o público em geral. No passado já estivemos em Caldeirão Grande com os
programas Mulheres Mil e o Pronatec. É muito gratificante para o IFBA
participar dessa iniciativa”, pontuou Epaminondas.Durante a aula, Daniel
e Eliene, que também são mestrandos em educação e diversidade pela
Universidade do Estado da Bahia, falaram respectivamente sobre os temas
“Educação de surdos e inclusão” e “Formação docente e a diversidade”.
Integrante
da turma de 40 inscritos, o professor de geografia Júlio César Vitorino
comentou que até teve libras como componente curricular na licenciatura
mas foi um estudo rápido. Ele relatou que já trabalhou com um aluno
surdo em sala e que a comunicação, feita por escrito, não era fácil.
“Nem sempre eu conseguia compreendê-lo. Isso despertou em mim a vontade
de estudar mais libras”, afirmou Júlio.
O
curso, que acontecerá às sextas-feiras e terá 40 horas de duração, foi
estruturado pela tradutora e intérprete de libras do campus, Agda
Cortes, que durante a aula inaugural falou sobre o papel do intérprete
da língua na educação. Ela acredita que o curso “é um primeiro passo
para quebrar as barreiras da comunicação com os surdos” e todos sairão
capazes de manter um diálogo básico na língua de sinais.Fonte:IFBA
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