Marina Silva: “PT e PMDB convergem para o arrefecimento da Lava Jato”


A ex-senadora Marina Silva (Rede) afirmou que as recentes revelações que vieram a público com base em gravações telefônicas mostram que PT e PMDB “convergem” no esforço de enfraquecer a Operação Lava Jato.
Em entrevista concedida nesta sexta-feira (27), em Porto Alegre (RS), ela também voltou a defender a cassação da chapa da presidente da República afastada, Dilma Rousseff, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por entender que há elementos trazidos pela própria Lava Jato que indicam que a eleição de 2014 “foi fraudada” pelo uso de dinheiro oriundo do esquema de corrupção em contratos da Petrobras.
Embora defenda novas eleições, Marina disse que “ainda não sabe” se concorrerá à Presidência pela terceira vez. “As revelações feitas de conversas de parte da cúpula do PT e agora de parte da cúpula do PMDB demonstram que qualquer pessoa que tenha conhecimento mínimo do que está ocorrendo da política brasileira sabe que o ponto em que eles (esses dois partidos) se encontram e convergem na mesma profundidade, na mesma proporção, é no arrefecimento da Lava Jato”, disse.
De acordo com Marina, o impeachment não pode ser classificado como golpe porque está previsto na Constituição e porque, segundo ela, houve crime de responsabilidade cometido por Dilma. “Mais de R$ 60 bilhões foram usados em operações de crédito sem autorização do Congresso, sem que nós tivéssemos lastro necessário para essas operações”, relatou.

Comentários

Anterior Proxima Página inicial