Preso, José Maria Marin pretende ficar calado e não vai delatar cartolas da CBF
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, não vai fechar um acordo de delação premiada com a Justiça norte-americana caso seja extraditado e não pretende entregar dados sobre outras pessoas envolvidas em supostos esquemas de corrupção no Brasil. A reportagem revelou com exclusividade que o ex-dirigente já considera aceitar a extradição aos Estados Unidos e negocia um acordo para poder aguardar o julgamento em prisão domiciliar. A decisão sobre o destino do brasileiro seria tomada nesta semana. Mas deve ficar para o período entre os dias 22 e 24 deste mês por causa da presença na Suíça da procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch. A defesa dos acusados alertou que uma decisão de extradição aos Estados Unidos com a representante norte-americana em Zurique daria uma sinalização de que Washington estaria ditando o ritmo do processo. Marin e outros cartolas foram detidos no dia 27 de maio na cidade suíça e a pedido da Justiça norte-americana. Segundo o inquérito dos norte-americanos, o brasileiro teria pedido que parte da propina relativa à Copa do Brasil fosse direcionado a ele, em uma conversa gravada com o empresário José Hawilla. Ele também aparece quando uma das empresas que comprou os direitos para a Copa América indica a distribuição de propinas para os dirigentes sul-americanos. Um dos cenários que está sendo planejado por sua defesa é a transferência aos Estados Unidos. O brasileiro tem um apartamento em Nova York e negocia uma fiança milionária que o permitisse ficar em prisão domiciliar enquanto o julgamento ocorre. Um dos impasses na negociação, porém, é o valor da fiança. Apesar de ter recebido uma oferta de "milhões", a Justiça norte-americana ainda não aceitou o montante e insiste que precisa de "mais garantias financeiras". Segundo fontes do Departamento de Justiça, o que foi descartado por enquanto é uma delação premiada. Se inicialmente o FBI insistiu em conseguir de Marin uma colaboração, a proposta foi retirada da mesa.
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