A crise 
econômico-financeira que assola os municípios da Bahia tem levado 
prefeitos a reduzirem os salários para tentar amenizar os problemas, 
como a suspensão de serviços à população. Além dos salários, verbas de 
gabinete anteriormente aprovadas também receberam a navalha na carne. Na
 maioria dos casos, as iniciativas partiram dos próprios gestores, 
outros por pressão popular. Desde o início do ano, já são oito dos 417 
prefeitos que anunciaram redução dos vencimentos: Ademar Delgado (PT), 
em Camaçari; Eures Ribeiro (PV), de Bom Jesus da Lapa, Luzinar Medeiros 
(PSD), de Mundo Novo; Antônio Dessa Cardozo (PSD), de São Gonçalo dos 
Campos; Márcio Paiva (PP), de Lauro de Freitas; Jabes Ribeiro (PP), de 
Ilhéus; e o prefeito de Cairu, Fernando Brito (PSD). Na semana passada, o
 prefeito do município do Baixo Sul baiano, que arrecada cerca de R$ 85 
milhões por ano, implementou uma medida que corta o salário em 20%. O 
mesmo percentual foi estendido aos vencimentos do vice-prefeito. A 
redução dos subsídios atinge em 10% também os secretários municipais e 
os servidores que ocupam cargos comissionados. Pelos cálculos da gestão 
municipal, a ação resultará em uma economia de mais de R$ 1 milhão para 
os cofres públicos até o final do ano. O decreto estabeleceu, também, 
outras iniciativas como redução das diárias, gratificações e horas 
extras dos servidores.Uma das cidades mais ricas e economicamente mais 
importante do Estado, Camaçari também enfrenta queda na arrecadação. 
Este ano, conforme a administração camaçariense, o orçamento, com 
estimativa de quase R$ 1 bilhão, foi reduzido em R$ 30 milhões. Por 
conta disso, o prefeito Ademar Delgado (PT) determinou o corte em 20% do
 próprio salário, da vice-prefeita, de secretários, subsecretários
 e cargos de chefia, além da redução de 10 a 30% em todos os cargos 
comissionados. A medida, segundo o gestor, é para evitar que serviços 
essenciais como Saúde, Educação e Limpeza Urbana sejam afetados. 
Conforme cálculos da prefeitura, as medidas resultarão em uma economia 
de R$ 47 milhões até dezembro. “O objetivo é não sacrificar os serviços 
imprescindíveis à população, como saúde, educação e limpeza pública. A 
preocupação é com os 287 mil habitantes do Município”, justificou o 
gestor petista na época, em nota enviada à imprensa.
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