A consultoria Eurasia elevou de 30% para 40% a probabilidade de a
presidente Dilma Rousseff não terminar seu mandato, citando o
aprofundamento das crises política e econômica. Segundo relatório
assinado pelo diretor para América Latina, João Augusto de Castro Neves,
mesmo se mantendo no cargo Dilma deve enfrentar sérias dificuldades
para governar, pelo menos até o fim de 2016. De acordo com a Eurasia, a
combinação do Orçamento deficitário para 2016 - que mostra uma
diminuição no suporte de Dilma ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy -
com o distanciamento estratégico adotado pelo vice-presidente, Michel
Temer, a piora na atividade econômica e o aprofundamento da operação
Lava Jato pioram as projeções para o governo Dilma. "Primeiro, esses
desdobramentos tornaram Dilma mais vulnerável a uma mudança nos
interesses das elites política e empresarial. Segundo, embora ainda
acreditemos que ela terminará seu mandato, sua capacidade de responder à
crise vai continuar a se deteriorar até 2016", diz o relatório. A
Eurasia acredita que Levy provavelmente continuará no cargo - por
enquanto - e que o governo Dilma seguirá tentando implementar um ajuste
fiscal. Mesmo assim, a consultoria aponta que a própria incerteza sobre
se a presidente terminará ou não seu mandato deve seguir afugentando
investimentos privados em setores essenciais como infraestrutura e
energia. Assim, os analistas rebaixaram a avaliação sobre a trajetória
de longo prazo do Brasil de "neutra" para "negativa".
Consultoria eleva de 30% para 40% chance de Dilma não terminar mandato
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
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