A edição da Veja que chegaram às bancas neste domingo (26), trás novas
revelações da operação Lava Jato, desta vez envolvendo em cheio o
ex-presidente do Brasil e principal simbolo do Partido dos
Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva. Veja o resumo disponíncio do
site da Veja: Léo e Lula são bons amigos. Mais do que por amizade, eles
se uniram por interesses comuns. Léo era operador da empreiteira OAS em
Brasília. Lula era presidente do Brasil e operado pela OAS. Na linguagem
dos arranjos de poder baseados na troca de favores, operar significa,
em bom português, comprar. Agora operador e operado enfrentam
circunstâncias amargas. O operador esteve há até pouco tempo preso em
uma penitenciária em Curitiba. Em prisão domiciliar, continua enterrado
até o pescoço em suspeitas de crimes que podem levá-lo a cumprir pena de
dezenas de anos de reclusão. O operado está assustado, mas em
liberdade. Em breve, Léo, o operador, vai relatar ao Ministério Público
Federal os detalhes de sua simbiótica convivência com Lula, o operado.
Agora o ganho de um significará a ruína do outro. Léo quer se valer da
lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a delação premiada, para
reduzir drasticamente sua pena em troca de informações sobre a
participação de Lula no petrolão, o gigantesco esquema de corrupção
armado na Petrobras para financiar o PT e outros partidos da base aliada
do governo.
Por meio do mecanismo das delações premiadas de donos e altos executivos
de empreiteiras, os procuradores já obtiveram indícios que podem levar à
condenação de dois ex-ministros da era lulista, Antonio Palocci e José
Dirceu. Delatores premiados relataram operações que põem em dúvida até
mesmo a santidade dos recursos doados às campanhas presidenciais de
Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e à de Lula em 2006. As informações
prestadas permitiram a procuradores e delegados desenhar com precisão
inédita na história judicial brasileira o funcionamento do esquema de
sangria de dinheiro da Petrobras com o objetivo de financiar a
manutenção do grupo político petista no poder.
É nessa teia finamente tecida pelos procuradores da Operação Lava-Jato
que Léo e Lula se encontram. Amigo e confidente de Lula, o ex-presidente
da construtora OAS Léo Pinheiro autorizou seus advogados a negociar com
o Ministério Público Federal um acordo de colaboração. As conversas
estão em curso e o cardápio sobre a mesa. Com medo de voltar à cadeia,
depois de passar seis meses preso em Curitiba, Pinheiro prometeu
fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na
Petrobras, exatamente como afirmara o doleiro Alberto Youssef em
depoimento no ano passado. O executivo da OAS se dispôs a explicar como o
ex-presidente se beneficiou fartamente da farra do dinheiro público
roubado da Petrobras.
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