Jogar uma dívida a perder de vista pode aumentar o valor do débito
inicial em até 70%, um gasto que acaba se tornando sete vezes maior do
que a própria renda mensal do inadimplente. É o que aponta a pesquisa
Recuperação de Crédito no Brasil, encomendada pelo Serviço de Proteção
ao Crédito (SPC Brasil) e pelo Portal de Educação Financeira Meu Bolso
Feliz, e foi realizada com 8 mil devedores em 27 capitais brasileiras.
Em média, segundo o estudo, o consumidor inadimplente está com o nome
sujo há aproximadamente dois anos, deve, em média, para quatro
diferentes empresas e tem um débito total de R$ 21.676 às empresas
credoras. As multas e taxas de atraso já embutidas correspondem a 768%
da renda familiar mensal. Segundo a economista-chefe do SPC Brasil,
Marcela Kawauti, o objetivo da pesquisa foi identificar de que maneira o
consumidor fica endividado e o que ele faz para se livrar dessas
dívidas. “Constatamos que as pessoas não costumam somar quanto gastam.
Quando se dão conta, o dinheiro que devem é bem maior do que a renda que
possuem”, diz. “As dívidas muitas vezes acabam nascendo de uma compra
não planejada no orçamento e ganham volume com o tempo que leva para ser
paga, visto que o que acaba alimentando o volume dessas dívidas são os
juros”, conclui.
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