Procuradores do Ministério Público
Federal (MPF), responsáveis pelas investigações da Operação Lava Jato,
embarcaram nesta segunda-feira (24) para a Suíça. O objetivo deles é
tentar localizar o dinheiro que pode ter sido desviado da Petrobras. O
Ministério Público suíço localizou e deve entregar extratos de uma conta
do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, acusado
de participar do esquema.
A conta do ex-executivo da Petrobras tem
cerca de US$ 27 milhões depositados. Com os extratos, a força-tarefa do
MPF tentará descobrir de onde veio e para onde iria toda essa quantia.
Os procuradores também vão procurar provas de que outros envolvidos na
Operação Lava Jato tenham movimentado dinheiro no exterior.
Entre eles, está outro ex-diretor da
Petrobras, Renato Duque, que está preso em Curitiba, e o lobista
Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Conforme Paulo Roberto
Costa, eles também participavam do esquema, sendo que Baiano seria
operador do PMDB nos desvios de dinheiro da Petrobras.
A informação foi corroborada por outro
executivo, da empresa Toyo Setal, chamado Júlio Camargo. Em um
depoimento à Polícia Federal, ele garantiu ter feito depósitos no valor
de R$ 6 milhões. A quantia, afirmou, era para a diretoria de Serviços,
comandada por Duque. A maior parte foi depositada no banco Credit
Suisse, em contas indicadas por Duque e pelo subordinado dele, o gerente
de Serviços da estatal, Pedro Barusco.
Júlio Camargo também disse que repassou
entre R$ 12,5 milhões a R$ 15 milhões para Fernando Baiano. Segundo o
executivo da Toyo Setal, esse dinheiro foi levado para um banco no
Uruguai e para várias contas indicadas pelo lobista no exterior. Com a
identificação de todas essas contas e movimentações, o MPF pretende, o
mais rápido possível, iniciar os processos para repatriar o dinheiro. O Globo
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