quarta-feira, 19 de novembro de 2014
A
questão que envolve o IPTU de Salvador é mesmo um bode posto na sala
como bem lembrou o vereador José Trindade. Mas um bode paulista, de lá
importado pelo prefeito ACM Neto que aqui chegou com fama de ilimitada
competência para resolver os problemas da Secretaria Municipal da
Fazenda. A princípio desconfiou-se e, de certo modo, não errou quem
desconfiasse do bam-bam-bam Mauro Ricardo, o “Romano coletor de
impostos”, e a sua festejada especialidade. Aqui, só fez criar
problemas, aumentando estupidamente o IPTU e alardeando que a Fazenda
municipal iria arrecadar montanhas de reais. Deu-se justamente o
contrário. A arrecadação do imposto desabou porque era extorsiva para
uma população pobre como a de Salvador. Tentou-se passar a versão que os
proprietários de baixa renda ficariam isentos. A classe média gemeu,
empresários gemeram, enfim, o resultado aí está. Desconfiava-se do
Romano. Como um arrecadador tão competente não fora convocado por Dilma
Rousseff (com a permissão de Guido Mantega) para ser ministro da
Fazenda? De resto, por que ele não ficara em São Paulo cuidando da
secretaria municipal de lá? É outra história. Agora, dá-se conta de que o
prefeito fará uma reforma de meio mandato nas suas secretárias. E quem
está no início da fila? O Romano coletor de impostos, Mauro Ricardo.
Aliás, como coletor ele é uma andarilho. Já ocupou cargos públicos em
meio Brasil, do Amazonas ao Chuí. Ele pôs o “bode na sala” e agora Neto
irá encaminhar à Câmara de Vereadores um projeto para diminuir o imposto
cobrado pelo Romano. Não tem saída. Dizem que ele arrumará as malas
imaginando fazer a sua próxima parada no Paraná. Mas logo lá, terra do
juiz Sérgio Moro. Nada a ver. Bem, o que se pode dizer é que se ele
partir não deixará saudades e, sim, alívio. Vai rápido, Romano, mas não
esqueça, de levar o bode.
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