O Romano, o bode velho e o IPTU

O Romano, o bode velho e o IPTU
Ilustração
A questão que envolve o IPTU de Salvador é mesmo um bode posto na sala como bem lembrou o vereador José Trindade. Mas um bode paulista, de lá importado pelo prefeito ACM Neto que aqui chegou com fama de ilimitada competência para resolver os problemas da Secretaria Municipal da Fazenda. A princípio desconfiou-se e, de certo modo, não errou quem desconfiasse do bam-bam-bam Mauro Ricardo, o “Romano coletor de impostos”, e a sua festejada especialidade. Aqui, só fez criar problemas, aumentando estupidamente o IPTU e alardeando que a Fazenda municipal iria arrecadar montanhas de reais. Deu-se justamente o contrário. A arrecadação do imposto desabou porque  era extorsiva para uma população pobre como a de Salvador. Tentou-se passar a versão que os proprietários de baixa renda ficariam isentos. A classe média gemeu, empresários gemeram, enfim, o resultado aí está. Desconfiava-se do Romano. Como um arrecadador tão competente não fora convocado por Dilma Rousseff (com a permissão de Guido Mantega) para ser ministro da Fazenda?  De resto, por que ele não ficara em São Paulo cuidando da secretaria municipal de lá? É outra história. Agora, dá-se conta de que o prefeito fará uma reforma de meio mandato nas suas secretárias. E quem está no início da fila? O Romano coletor de impostos, Mauro Ricardo. Aliás, como coletor ele é uma andarilho. Já ocupou cargos públicos em meio Brasil, do Amazonas ao Chuí. Ele pôs o “bode na sala” e agora Neto irá encaminhar à Câmara de Vereadores um projeto para diminuir o imposto cobrado pelo Romano. Não tem saída. Dizem que ele arrumará as malas imaginando fazer a sua próxima parada no Paraná. Mas logo lá, terra do juiz Sérgio Moro. Nada a ver.  Bem, o que se pode dizer é que se ele partir não deixará saudades e, sim, alívio. Vai rápido, Romano, mas não esqueça, de levar o bode.

Comentários

Anterior Proxima Página inicial