Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O
deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) fez duras críticas à
participação concedida pelo governo federal ao PMDB, em entrevista ao
Blog do Josias de Souza publicada nesta sexta-feira (21). Ele reclama
que viveu um de seus “piores” momentos políticos, porque teve que seguir
a orientação da bancada peemedebista e votar a favor de uma manobra
para o não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. “O PMDB não é
chamado para discutir a política econômica e não participa da gestão
desse setor. Para isso, o partido não é governo. No entanto, na hora que
estoura a meta do superávit, o PMDB vira governo e é convidado a laçar
deputados para votar a favor. Esse filme a gente já viu no primeiro
mandato. O vice-presidente Michel Temer tinha dito que mudaria, que o
PMDB seria valorizado no segundo mandato. É um engodo”, avalia. Lúcio
votou contra o governo quando aprovou um lote de requerimentos da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista da Petrobras.
“Desorganizado, o governo derrotou a si mesmo. O PT tem que parar de
culpar o PMDB pelos seus erros. Insisto: nós somos vistos como parceiros
só na hora da limpeza”, disse o parlamentar baiano. Ele diz que o
partido não fará como nos filmes em que um grupo mata e depois entra a
turma da limpeza. "A coligação com o PT não me obriga, por exemplo, a
proteger tesoureiro de partido”, completou, referindo-se a João Vaccari
Neto, cujo requerimento para quebra de sigilo bancário foi aprovado na
CPI.
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