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A
Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de valores em contas
bancárias da Iesa Óleo e Gás e da Petrobras, como forma de garantir o
pagamento das verbas rescisórias de cerca de 1 mil trabalhadores que
correm o risco de serem dispensados da planta da Iesa no Polo Naval de
Charqueadas, a 60 quilômetros de Porto Alegre. Semana passada, após a
notícia do envolvimento de diretores da Iesa na Operação Lava Jato, a
Petrobras rescindiu o contrato firmado com a empresa no Rio Grande do
Sul para a produção de módulos de plataformas do pré-sal, no valor de
US$ 800 milhões. Com a notícia, a Iesa informou que os colaboradores que
atuavam no projeto em Charqueadas seriam dispensados. Como a companhia
está mergulhada em uma crise financeira - o grupo Inepar, que controla a
Iesa, entrou com pedido de recuperação judicial em setembro -,
representantes sindicais protocolaram uma ação junto ao Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região, para zelar pelos direitos dos
trabalhadores. De acordo com a decisão da juíza Lila França, titular da
Vara de Trabalho de São Jerônimo, ficarão bloqueados valores até o
limite de R$ 30 milhões, quantia que servirá para pagar os salários e as
indenizações aos funcionários, caso a demissão se concretize. A
magistrada também ordenou o rastreio de veículos em nome das empresas
demandadas, além do sequestro de bens - especialmente os compressores da
Petrobras existentes no pátio da Iesa. No último sábado, a juíza já
havia determinado que a Iesa colocasse em licença remunerada os
trabalhadores que pretendia demitir, sob pena de multa de R$ 100 milhões
em caso de descumprimento. De acordo com a magistrada, a demissão em
massa, se ocorresse, deveria ser negociada coletivamente. Em nota, o
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região informou que a juíza está em
contato com o Ministério Público para agendar uma audiência entre as
partes o mais breve possível.
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