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Os executivos da empreiteira Camargo Corrêa se mantiveram em silêncio
nesta quarta-feira (19) em depoimento prestado na Superintendência da
Polícia Federal (PF) em Curitiba para investigação da Operação Lava
Jato. Com a mesma estratégia que será usada por dois diretores da
empresa que vão depor nesta tarde, o vice-presidente Eduardo Hemerlino
Leite disse que aguarda acesso à investigação para começar a colaborar
com as investigações. Segundo o advogado Antonio Cláudio Mariz, após
tomar conhecimento formal das acusações de pagamento de propina para
ganhar contratos da Petrobras, o executivo deverá prestar novo
depoimento à PF. "Houve uma combinação [com a PF] no sentido de que
teremos acesso aos autos do inquérito, montado agora especificamente no
que tange à Camargo Corrêa. Após isso, ele fará um novo depoimento
esmiuçado, detalhado e respondendo a perguntas", disse o defensor. Mais
cedo, o advogado Celso Vilardi, representante de Dalton Avancini,
diretor-presidente da empreiteira, e de João Ricardo Auler, presidente
do Conselho de Administração da empresa, adiantou que eles vão ficar em
silêncio nos depoimentos que vão prestar à tarde. De acordo com Vilardi,
Avancini e Auler estão dispostos a colaborar com as investigações desde
que tenham acesso aos depoimentos de delação premiada em que são
acusados por outros investigados de pagar propina para obter contratos
com a Petrobras.
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