terça-feira, 18 de novembro de 2014
O
desmatamento na Amazônia Legal chegou a 244 km² em outubro, aumento de
467% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram desmatados 43
km². O monitoramento, não oficial, foi feito pelo Sistema de Alerta de
Desmatamento (SAD), da organização de pesquisa Instituto do Homem e Meio
Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém (PA). Em outubro, 72% do
território da Amazônia Legal foi monitorado, por causa da cobertura de
nuvens. Em outubro do ano anterior, o monitoramento abrangia 69% do
território. No boletim anterior do Imazon, relativo ao período de agosto
a setembro de 2014 - os dois primeiros meses do calendário oficial de
medição do desmatamento -, foi registrada uma perda florestal acumulada
de 838 km², com aumento de 191% em relação ao mesmo período de 2013,
quando foram desmatados 288 km². Segundo o boletim, no mês passado,
Rondônia foi novamente o Estado mais afetado, concentrando 27% do
desmatamento. O restante se distribuiu entre Mato Grosso (23%), seguido
por Pará (22%) e Amazonas (13%), com menor ocorrência em Roraima (9%),
Acre (5%) e Amapá (1%). Além dos dados correspondentes ao corte raso, o
Imazon divulgou números sobre a degradação florestal - as áreas onde a
floresta não foi inteiramente suprimida, mas foi intensamente explorada
ou atingida por queimadas. Em outubro, as florestas degradadas na
Amazônia Legal somaram 468 km². Em relação a outubro de 2013, houve um
aumento de 1.070%, quando a degradação florestal somou 40 km². Os
últimos dados oficiais, medidos pelo Sistema de Detecção do Desmatamento
em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), foram divulgados em setembro, com números referentes a junho e
julho, indicando aumento de 195% em relação ao mesmo período de 2013. O
governo prometeu divulgar os dados de setembro até o fim de novembro.
O SAD usa imagens do mesmo sensor e do satélite utilizados pelo Deter,
mas emprega metodologia diferente.
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